segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

4 formas fáceis de mostrar o caminho crítico no P6

1. Verifique o Gantt Chart

O Gantt Chart irá mostrar a vermelho, por omissão, as atividades no Caminho Crítico no seu projeto. Esta opção torna mais fácil ver de imediato o caminho crítico ressaltado.

clip_image002

Mas não está a trabalhar! Não consigo ver a vermelho o Caminho Crítico! O que é que está a acontecer?

Ainda bem que perguntou! Se calhar está a ver-se assim:

clip_image004

O Primavera P6, utiliza por regra o Total Float para decidir se uma atividade é crítica ou não. As atividades com um valor de Total Float de 0 (ou menos) aparecem normalmente a vermelho no Gantt. Se não tiver atividades a vermelho, pode ter uma data de Must Finish By definida no seu projeto. Se o seu projeto termina mais cedo do que a data de deadline do Must Finish By, então pode não ter atividades com Total Float com valores de 0 ou menos, o que significa que não há atividades críticas.

Neste caso, diga ao P6 para mostrar O Caminho crítico pelo Longest Path em vez do Total Float.

  • × Prima F9 e de seguida clique em Options.
  • × Encontre a configuração “Define Activities as” e escolha Longest Path.
  • × Recalcule o projeto.
  • × Verifique o Gantt Chart e já deve ver o Caminho Crítico.

2. Use as colunas de Caminho Crítico e Longest Path

Abra a opção Columns e procure por ‘Critical’ e outra denominada ‘Longest Path’. Adicione ambas ao seu layout de Atividades para ver com clareza quais as atividades que são críticas.

clip_image005

3. Selecione um filtro

A utilização de um filtro pode também mostrar de forma rápida e efetiva o Caminho Crítico. Clique em Filters para ligar o filtro de Caminho Crítico. Isto irá mostrar o Caminho Crítico e há ainda um filtro para Longest Path.

clip_image006

4. Verifique a programação das atividades

Por fim, pode ainda verificar o P6 Schedule Log. Este log é actualizado cada vez que usando a função Schedule (F9) calculamos a programação. Deve estar selecionada a opção ‘Log to File’. De seguida selecione ‘View Log’ para abrir esse registo.

Na secção ‘Exceptions’ pode ver uma lista das atividades Críticas do seu projecto.

Traduzido de Plannertuts.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Os desafios das Boas Práticas de programação

Vamos referir de forma breve algumas dicas de planeadores profissionais que o apoiam a manter o seu projeto na linha.

Há uma série de erros comuns que são praticados quando se criam os planos do projeto, particularmente por pessoas que chegam de novo a estas artes. Apontamos alguns dos mais frequentes enganos que encontramos e falamos acerca das boas práticas comuns de orientação e dos dilemas que estas fazem que os planeadores tenham de enfrentar no mundo real.

Vamos tratar de 3 questões:

1. Evitar a lógica com fins em aberto

2. Utilize o número mínimo possível de constrangimentos

3. Mantenha a duração das atividades abaixo de 45 dias a não ser que sejam do tipo Level of Effort

Estamos sempre a lutar contra a aparência de as boas práticas serem contraditórias, porque quando seguimos uma somos forçados a não usar a outra ou a ignorá-la. A orientação relativa a fins em aberto (open ends) é uma daquelas que nos coloca perante um dilema-

clip_image001

Lógica de fins em aberto

Várias orientações dizem que deve ser evitada a lógica de atividades com o fim em aberto que, portanto, não têm sucessores. Esta parece a questão que se vê de forma mais comum nos planos, em que uma atividade não tem sucessor e fica flutuando no fim de uma cadeia de predecessores. Quando se pergunta ao planeador a razão para isto a resposta é quase sempre a mesma: “Não há outras atividades dependentes desta atividade, assim não há sucessor”. Em termos do mundo real, isto até tem muito sentido, se não há nada dependente da sua conclusão então não há dependência para ilustrar.

clip_image002

Contudo, a boa prática é não ter estas atividades flutuantes na rede. Ao fazermos isto retiramos a atividade do caminho crítico e criamos um muito grande e desabitual Total Float. Pode retorquir que se cabe dentro do âmbito do projeto, em algum ponto irá causar impacto na conclusão do projeto, assim se não puder ser mais nada pode-se fazer da milestone final do projeto o seu sucessor.

clip_image004

Entretanto, em projetos mais longos, isto pode incrementar os limites do Total Float, em especial se esta atividade ocorre cedo no ciclo de vida do projeto. E então surgem os dilemas das linhas de orientação, pois a solução óbvia é adicionar um constrangimento ao fim da atividade flutuante, o que pode parecer um conflito com a orientação geral.

Limite a utilização de Constrangimentos da Atividade

O termo ‘constrangimento’ não se refere necessariamente aos atributos especiais de data de Início e Fim que podem ser adicionados às atividades na maioria das ferramentas de software. O termo ‘constrangimento’ pode significar uma relação entre duas atividades, sendo o constrangimento físico: isto é o telhado não pode ser construído até as paredes estarem concluídas. Pode ainda referir-se a uma condição num contrato onde foi especificada uma data de entrega crucial. Isto refere-se a um constrangimento externo. Contudo para o propósito em questão, referimo-nos a constrangimentos que podem ser adicionados como atributos especiais de data a atividades numa ferramenta de software. Estas datas irão influenciar o cálculo do caminho crítico.

Muitas das orientações publicadas recomendam um uso muito limitado destes constrangimentos num plano de projeto o que significa que as datas rígidas que são adicionadas às atividades irão prender as datas mais cedo ou mais tarde.

Se a atividade flutuantes (ou cadeia de atividades flutuantes realizam uma milestone importante do contrato, então, o uso de uma data de constrangimento é adequado. Isto irá reduzir o float global nas atividades flutuantes. Para uma maior clareza do agendamento, deve ser adicionada uma Milestone como sucessor da atividade flutuante e o constrangimento deve ser aplicado a esta. Dependendo da proximidade da data de constrangimento das datas agendadas correntes, esta opção irá remover o Total Float à cadeia de atividades flutuantes. E se a data agendada é já mais tarde do que a data constrangida, será calculado float negativo indicando que já não se consegue alcançar a data contratual e são exigidas mudanças ao plano.

No exemplo seguinte, adicionámos uma milestone de realização do contrato ao final da atividade G e depois aplicámos um constrangimento de Finish On. A data de constrangimento é de três dias após a data de fim agendada para a atividade, assim temos 3 dias de Total Float, em vez dos 21 dias que tínhamos antes de termos introduzido o constrangimento. Podemos sempre ligar a data da Milestone Contract Complete à Milestone de Fim, mas se deslizar de tal forma que empurre para a frente a data de fim do projeto ficamos em problemas de qualquer forma. Podemos adicionar um lag longo entre a nova milestone e a Milestone de Fim, mas algumas orientações desencorajam a utilização de lags longos ou leads. O que irá finalmente fazer será um acompanhamento próximo, com base nas particularidades do trabalho real modelado.

clip_image006

As orientações que desencorajam a utilização de constrangimentos são sólidas porque demasiados constrangimentos irão mascarar o caminho crítico. Torna-se mais difícil diferenciar entre atividades no caminho crítico e atividades constrangidas. Já vimos agendamentos literalmente juncados de constrangimentos e era quase impossível discriminar o caminho crítico. Também pode criar enormes quantidades de float negativo o que não é nunca uma coisa boa. Se o cliente sabe alguma coisa pensa que as datas não podem ser alcançadas e os constrangimentos foram utilizados artificialmente para parecer tudo bem.

Em breve, use unicamente constrangimentos quando tem uma boa razão para isso. E mesmo assim utilize constrangimentos do tipo Start on or After or Before (constrangimentos soft), o que continuará a permitir que o agendamento siga na direcção em que deve ir.

Mantenha a duração das atividades abaixo de n dias

Vemos esta linha de orientação em algumas publicações ou mesmo estabelecidas em regras de contratos, e têm diferentes limites de duração dependendo dos tipos de projeto alvo. Claro que atividades continuadas como gestão, segurança, saúde etc. podem correr durante todo o projeto, mas estas são criadas como Level of Effort. Ou seja, uma atividade cuja duração está dependente de atividades às quais está ligada.

clip_image008

Uma atividade que não cria um resultado pode ter virtualmente qualquer dimensão, contudo os work packages concretos que descrevem um particular trabalho devem ser mantidos com uma dimensão razoável. Um máximo de dimensão costuma ser manter a dimensão das atividades abaixo de 3 meses. Quando a atividade é mais longa que isto, sugere que está a atuar mais como uma atividade sumária e isso significa que representa muitas operações que deviam ser decompostas.

Há contratos em que a dimensão da duração das atividades tem um máximo de duração definido para obrigar o planeador a decompor o trabalho. Este limite está muitas vezes ligado ao ciclo de controlo do projeto, isto é, num ciclo mensal podem exigir que não tenha mais 20 a 30 dias, num ciclo semanal, não podem exceder os 10 dias, etc.

Determinar o nível certo de decomposição do trabalho e estimar as durações das atividades pode ser por si um novo dilema. Existem várias linhas de orientação que discutem os métodos formais de fazer isto, tais como Opinião de Peritos, Estimação Análoga e Paramétrica. De qualquer modo, porque o trabalho pode ser sempre realizado de mais do que uma forma, estabelecer as atividades ao nível certo é sempre um desafio.

Quando cria a sua lista de atividades tenha presente que é desta forma que o trabalho vai ser registado. Se a descrição da atividade cobre mais do que um tipo concreto de trabalho, será difícil acompanhar e aplicar o status. Pense sempre na necessidade de oferecer atualização exata do status quando considera o nível de detalhe a que cria a atividade porque isso também ajuda na sua estimação.

Sumário

Quando chegamos ao fim, lembre-se que todas as orientações são desenhadas para oferecer o modo ótimo para alcançar um plano viável. São linhas de orientação e não leis rígidas precisamente por que cada plano tem um desafio único a ultrapassar. Os planeadores, que enfrentam o dia-a-dia cheio de desafios para manter válido o agendamento, receber orientações pode ser um assunto difícil, particularmente quando sabemos que temos de ignorar algumas delas para que o plano reflita a realidade que tentamos modelar.

Tradução de Ten Six

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Primavera P6: Críticas ou não tão Críticas?

Por TenSix

Muitos guias e orientações incluindo o PMBOK do PMI utilizam o termo ‘quase crítica’ para descrever actividades num plano de projecto que estão a alguns dias de se juntarem ao caminho crítico; isto significa que elas só têm mais uns dias de Total Float.

Se utilizarmos os métodos flexíveis como o P6 tem para apresentar as barras de actividade que aparecem no Gráfico de Gantt, podem ser criadas barras adicionais cuja aparência pode ser controlada pela quantidade de Total Float que têm. Isto irá permitir que facilmente se vejam as actividades quase críticas no Gantt Chart.

Vamos mostrar como poderemos criar estas barras de actividade que aparecem diferentes das barras standard vermelha, azul e verde quando a actividade é quase crítica.

O processo para as criar utiliza um Filtro. Este filtro é depois utilizado por uma barra adicional que se define na caixa de diálogo de Bars do Primavera P6 Professional,

Criar um filtro quase crítico

Abra a caixa de diálogo Filters e clique no botão New.

clip_image001

Crie o seguinte filtro.

clip_image003

Este irá apresentar qualquer actividade cujo Total Float esteja entre 0,1 dias até 10,0 dias. Deverá testar o filtro no plano antes de passar ao passo seguinte.

Criar uma barra de actividade quase crítica

O próximo passo é criar um estilo de barra de actividade novo usando a caixa de diálogo Bars.

Faça um clique da direita na área de Gantt Chart da vista das Actividades para abrir o diálogo Bars.

clip_image004

No diálogo Bars, desça e selecione a barra Critical Reamaining na tabela. Isto irá causar o surgimento de uma nova barra abaixo logo que clicamos em Add.

clip_image006

Depois deve clicar no botão New para aparecer uma nova barra pode deve dar-lhe um nome e sugerimos ‘Near Critical’.

Na coluna Timescale, coloqueo valor Remain Bar e depois na coluna Filter selecione os filtros Normal e Nera Critical.

Finalmente, defina as cores da barra e padrões que pretende para uma actividade quase Crítica. Utilizámos o laranja.

clip_image008

Após aplicar a nova barra ao layout, poide ver as actividades quase críticvas a laranja no Gantt Chart.

clip_image009

Pode ainda levar isto muito mais longe do que ‘quase críticas’. Com a utilização das mesmas técnicas, pode criar filtros para ‘Críticos Potenciais’ em que a actividade tem entre 10 e 30 dias de Total Float, ou ainda ‘Super Críticas’ em que há float negativo fazendo aparecer uma barra a preto. Claro que as diferentes barras só são limitadas pela nossa imaginação. Um dos nossos clientes usa diferentes cores das barras para indicar que uma particular actividade tem um certo código atribuído, por exemplo. Talvez já tenha feito uso desta capacidade?